22 de mar. de 2011

Entrando na mente gorda..


 Vejam que texto interessante:
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A pessoa que quer ou precisa emagrecer nutre expectativas baseadas em crenças irreais que deverão ser mudadas se quiser efetivamente ter sucesso na modificação de comportamento alimentar.

Crença de “ser emagrecido”: todo gordo sonha com uma “solução mágica” que “o emagreça”. Qualquer coisa, qualquer agente externo que o poupe que o poupe de se defrontar com a modificação de comportamento que, ele supõe, seja catastrófica. Entre as magias estão chás, pomadas, palmilhas, simpatias, remédios “naturais”, remédios normais receitados pela “dra amiga”, batons, cremes, toalhas quentes, etc. Enfim, toda uma parafernália de coisas que evitam, antecipadamente, que aborde um tratamento adequado para emagrecer. É só observarmos as propagandas de revistas, jornais e TV.

Crença da “necessidade do regime”: “quem quer emagrecer tem de passar fome”, “trancar a boca”. “Em campo de concentração não tem ninguém gordo” e outras, que ressaltam o caráter punitivo da restrição alimentar. Se “não doer... não emagrece! É comum uma paciente orientada por uma nutricionista competente desconfiar da eficácia da dieta que foi preparada especialmente para ela, com paladar personalizado, justamente por ser apetitosa. Regime é algo que funciona na base do tudo ou nada. Ou faço ou não faço! E se fazer é passar fome... uma dieta variada é sinônima de” não fazer “. Como diz uma paciente”, fazer é doer “... Um pequeno deslize equivalerá a um assalto à geladeira, seguido de culpa e possivelmente de término da dieta. O” regime “implica em afastamento social (“ não pode! Estou de regime!). Evitar situações sociais “porque está de regime” implica em abrir mão de outras fontes de prazer “para não sair do regime”. Quando um amigo vai começar um “regime”, habitualmente numa segunda feira, há todo um ritual de despedida! Nos solidarizamos com ele! Nos comportamos como alguém que estivesse diante de um pelotão de fuzilamento , perguntando-lhe o último desejo :”o que você quer comer para se despedir?” Depois...Bem, depôs nos afastamos porque “ele vai fazer regime”. É claro que, se eu acredito que seja tão penoso e punitivo emagrecer, irei procurar lenitivo na crença anterior “SER EMAGRECIDO!” Magicamente! É fundamental que seja trabalhada a inclusão do prazer no novo estilo de vida que deverá desenvolver. Prazer não é pecado! E a comida tem de ser um prazer mas não O PRAZER!

A crença de “abreviar a dieta”: já que é tão duro penoso e punitivo emagrecer, já que “regime” EQUIVALE A TANTO SOFRIMENTO, QUE DURE POUCO. “Prefiro uma dieta bem dura, mas curtinha. Quero emagrecer rápido!” Para que? PARA VOLTAR AOS HÁBITOS ANTERIORES QUE A LEVARÃO A ENGORDAR DE NOVO! Para “emagrecer mais depressa” deixa de comer o bife e depois come o boi inteiro...

A crença do “tudo ou nada”; “ou estou de regime ou não estou”. Se comer um bombom está tudo perdido...Aí, come a caixa toda. Esta é uma das características mais freqüentes em pessoas que querem emagrecer. O pensamento sofre um viés. Raciocina em extremos. Entre o branco e o preto existem outras cores.

Essas e outras crenças fazem com que o gordo faça uma dieta para perder algum peso por algum tempo e não um plano para mudar estilo de vida. Ao contrário, faz uma dieta que PIORA DRASTICAMENTE SUA QUALIDADE DE VIDA!

Mudar estilo de vida é mudar comportamentos. Novos hábitos serão adquiridos pela automação de outros comportamentos! Um novo comportamento só se torna um hábito se vier acompanhado de prazer!

Obesidade é doença crônica. As mudanças deverão ser permanentes, se a pessoa quiser continuar magra. Então o elemento PRAZER TEM DE ESTAR PRESENTE. Na alimentação, no exercício, MAS PRINCIPALMENTE NA VIDA DA PESSOA! Comer só jiló emagrece! Mas por quanto tempo agüentamos? Da mesma forma, o melhor exercício físico, do ponto de vista psicológico, é aquele que me dê prazer, que mesmo cansado hoje, sinta vontade de faze-lo amanhã! Além disso, outros prazeres deverão ser procurados, desenvolvidos no sentido de tornar a vida da pessoa menos vinculada à comida. Hábitos sociais, culturais, resolução adequada de problemas do dia a dia, manejo do stress e MUDANÇA DAS CRENÇAS ERRONEAS QUE CONDUZEM A COMPORTAMENTOS ERRONEOS E QUE, MUITAS VEZES, TRABALHAM AUTOMATICAMENTE DENTRO DE NÓS. COMPORTAMOS-NOS ASSIM E PRONTO! FUNCIONAM COMO REGRAS GRAMATICAIS INCORPORADAS. NESTES CASOS O TRABALHO REQUER AJUDA PSICOLÓGICA ESPECIALIZADA!

Fonte: http://www.tommaso.psc.br/

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